segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

TERZIAN, CATROPA, NAME, CAJAL E... FUSCO


AI Estevão Tavares Neto
"O ano que se encerra ficará marcado pela morte de alguns enxadristas que deixaram registradas suas partidas, seu jeito de ser e suas características, que serão lembrados por quem os conheceram". 


FRANCISCO TERZIAN

"Em 24 de março, Francisco Antonio Terzian nos deixou com 50 anos de idade. Convivi bastante com Terzian no ano de 1978, quando defendíamos a cidade de Cubatão, pela qual ele conquistou a II Copa Itaú de Xadrez, em Uberlândia, com mais de 200 participantes. Depois disso Terzian passou a defender a cidade de Osasco onde conquistou 4 títulos brasileiros de xadrez por equipes. Era muito talentoso e enfrentava de igual para igual todos os mestres brasileiros e de outros países com quem jogou". 

A foto acima foi extraída de consternado mas esperançoso artigo do MI Antonio Carlos Rezende, em fins de 2008, que pode ser lido AQUI na íntegra.

ANDRÉ CAJAL

"No dia 1º de junho, foi a vez de partir do folclórico, André Cajal, aos 66 anos, um amante do xadrez. Vi poucos enxadristas tão apaixonados pelo xadrez como Cajal. Era uma figura polêmica, do qual se passou a inserir no Dicionário do Xadrez Brasileiro a palavra “cajalada”, que nada mais é que tentar surpreender o adversário com uma ameaça as vezes sem consistência, um sacrifício furado, por exemplo, que não raramente dava certo. Arbitrei vários torneios disputados por Cajal que sempre me respeitou e da mesma forma foi respeitado por mim".

Dois torneios de xadrez foram realizados este ano em sua memória (pelo Clube de Xadrez São Paulo e pela Liga de Xadrez), além de vários artigos em blogs e sites sobre o passamento do folclórico jogador.

RICARDO NAME 

"Em 8 de junho, encerrou sua vida terrena outro jogador de atitudes pouco comuns, Ricardo Gabriel Salim Name, com 62 anos, que defendia com muita dedicação a sua cidade de Ribeirão Preto. Name, entre suas manias, costumava jogar com um cigarro apagado na boca. Seus cabelos normalmente despenteados e sua letra incompreensível foram outras marcas dele. Quanto ao nível técnico era dos melhores. Arbitrei poucos torneios dele, mas tenho registrado em minha memória os Jogos Abertos do Interior de
São Paulo de 1996, realizado em Bragança Paulista, onde Name, de pretas, venceu de maneira espetacular ao argentino GM Pablo Ricardi, que estava em grande momento na carreira. Quem tiver curiosidade vale a pena ver esta partida que deve estar em algum Banco de Dados de Xadrez".

Uma lenda viva do xadrez paulista, Gabriel Ricardo Salim Name (SP)... Ele é o cara que põe fogo no próprio cabelo, que senta na mesa que não é sua - e faz lance!, que psicografa na planilha e, apesar disso tudo, joga um xadrez criativo de altíssimo nível.(Texto extraído do blog 'Vida em Miniatura', postagem de 2010/11)

DJALMA CATROPA

"Na sexta-feira 13 de dezembro, cessou sua passagem pela terra, Djalma Marcondes de Moraes Catropa, que estava com 44 anos. Catropa conheci criança, arbitrei vários certames de menores que ele disputou. Era um fortíssimo e respeitado enxadrista, que obteve títulos individuais e por equipes, antes de deixar o xadrez relegado a segundo plano para se dedicar à advocacia".

 Assista abaixo uma de suas últimas atuações no tabuleiro (aqui enfrentando o mestre da Fide, argentino Simon Languidey, em rodada decisiva dos 76.º Jogos Abertos em Bauru-SP. (Vídeo extraído do Blog do Joca).

TERZIAN, CATROPA, NAME, CAJAL... E FUSCO

"Os quatro formam uma respeitável e forte equipe de xadrez que eu escalaria da seguinte forma, segundo naturalmente minha avaliação técnica deles: 1º tabuleiro – Terzian; 2º tabuleiro – Catropa; 3º tabuleiro – Name e 4º tabuleiro – Cajal

"Deixo ainda registrado o passamento em junho do argentino MI Leonardo Fusco, com 25 anos, e todo um futuro pela frente. Ele chegou a representar a cidade de Campinas em Jogos Regionais e Abertos do Interior de São Paulo. E antes de terminar o ano, neste mês de dezembro, também faleceu em Curitiba, Euclides Roberto Ferreira, que tinha 28 anos. Ferreira foi campeão brasileiro amador de xadrez em 2008 e ficou em 5º lugar no Mundial de Xadrez Amador, em Tessalônica, na Grécia.

"Estes respeitáveis, talentosos e conceituados enxadristas estão em outra dimensão, mas onde estiverem certamente estarão disputando empolgantes partidas de xadrez. A eles nossas orações (cada um com a sua crença) e as nossas saudades". (AI Estevão Tavares Neto)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ASSEMBLÉIA DA CBX: UMA SALADA MISTA?

Hideo Suzuki, enxadrista e colunista de "Xadrez e Damas" (www.heldercamara.com.br)      
        "Para conhecimento da família enxadrística brasileira (gens una sumus), reproduzimos (ao final desta postagem) a Ata da Assembleia Geral Ordinária da Confederação Brasileira de Xadrez, realizada no dia 08 de Dezembro de 2012, no Centro de Convivência da Terceira Idade, localizado na Rua Dalmácio Espíndola, s/n, Centro, Santa Maria de Jetibá/Estado do Espírito Santo, com a finalidade de eleger o Presidente e o Conselho Fiscal para o quadriênio 2013/2016.
          "Seguem alguns comentários sobre essa ata ressuscitada (dormia o sono dos justos).
         "A Assembleia Geral Ordinária realizou-se no dia 08 de dezembro de 2012, mas o registro de sua ata no Cartório do Primeiro Ofício da Comarca de Santa Maria de Jetibá/ES, conforme Averbação nº 06/306, deu-se somente em 30 de janeiro de 2013, quase dois meses depois. Até aí, tudo normal, mas esse lapso de tempo teria sido suficiente para permitir uma descrição mais realista  e menos ilusória, mais verdadeira e menos artificial, mais espontânea e menos manipulada dos fatos.
         "Dirigentes de Federações Estaduais citados nominalmente, em destaque, com se estivessem presentes em pessoa à assembleia, só depois, em apagada nota, aparecem como representados mediante procuração. Muito bem, cada uma dessas procurações foi outorgada a quem, individualmente? Se a algum candidato ao cargo de Presidente, isso não parece ético. As procurações deveriam fazer parte integrante da ata, e como tal registradas em cartório.
         "Na relação das pessoas presentes, consta o nome do Sr. Darcy Gustavo Machado Vieira Lima como representante da Federação Paraense de Xadrez. Isso mesmo, lá do Pará! E como representante da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro, o Sr. Nichollas Venturini Mônico, registrando-se, depois da eleição e indicação dos vice-presidentes, a chegada tardia do atual Presidente da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Alberto Pinheiro Mascarenhas; qual dos dois passou a procuração, a quem?
         "Para presidir a Assembleia, foi eleito o Sr. Jonair Pontes, da Federação Espírito Santense de Xadrez, o qual chamou para secretariá-la, o Sr. Pabyto Robert Baiôco Ribeiro, seu antecessor na Federação e Presidente da CBX, ficando tudo em família, sob o comando local.
         "Colhidos os votos, as Federações do AM, BA, DF, ES, GO, PA, PB, PE, RJ e SE votaram no Sr. Darcy Gustavo Machado Vieira Lima, que ganhou por maioria, com 11 dos 15 votos registrados. Mas aqui estão relacionadas só 10 Federações. Esqueceram-se de Minas Gerais, que todo o mundo conhece (Oh! Minhas Gerais, quem te conhece, não esquece jamais...).
         "
Curiosamente, o candidato a Presidente da Chapa 3, Sr. Charles Moura Netto (residente em Santa Maria de Jetibá/ES, na Rua dos Evangélicos, nº 75/201, Centro), representante na Assembleia de duas Federações, a Bahiana e a Pernambucana, recebeu votos só das Federações do Piauí e do Rio Grande do Norte. O Sr. Charles Moura Netto não votou nem na própria Chapa; votou no candidato da Chapa 2, Sr. Darcy Gustavo Machado Vieira Lima, para ser recompensado com o cargo-chave (do cofre) de Vice-Presidente Financeiro! Uma barganha ou uma bergonha?
         "Sobre as objeções levantadas pelo representante de Santa Catarina, Sr. Gilson Chrestani (falta das assinaturas dos Conselheiros no Parecer do Conselho Fiscal; falta de apresentação de documentos comprobatórios dos gastos; falta de esclarecimentos sobre os gastos; falta de informações e não esclarecimentos aos questionamentos feitos; existência de erros nos demonstrativos assumidos pelo Presidente durante a própria Assembleia), o Presidente da CBX e ao mesmo tempo Secretário da Assembleia, Sr. Pablyto Robert Baiôco Ribeiro, pediu a palavra apenas para dar lacônicos esclarecimentos.
         "Como em todas as organizações que na prática funcionam sob o regime de “COSA NOSTRA”, o Conselho Fiscal não fiscaliza nada; dá conselhos “fiscais” para acobertar e justificar desvios e irregularidades na sua gestão.
         "A ata agora mostrada à luz do dia parece uma salada mista de ambiguidades, escamoteações e incoerências."


 





quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ASSEMBLÉIA DE FANTASMAS EM AMERICANA


 
Joaquim de Deus Filho
"xadreztorneios.blogspot.com.br"
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amados, deu no jornal.

Talvez tenha sido a melhor notícia do ano, ou da década com um pouco de exagero otimista: nosso desacreditado Senado enfim aprovou a chamada “MP 620” que, no todo, veta aos “cartolas” mais de uma reeleição e exige transparência das entidades desportivas beneficiadas com verbas públicas, além de exigir a ampliação do colégio eleitoral nas entidades.

Era uma reivindicação antiga dos esportistas de várias modalidades, que tem  como “líderes” verdadeiros ditadores, que se perpetuam no poder, valendo-se de todos os expedientes possíveis.

Tudo bem que muitos deles usam os chamados “testas-de-ferro”, mero fantoches a serviço daqueles... mas ai é outra história!

Amados, parece irônico, mas na mesma semana, durante o vibrante Paulistão de Americana, nas suas versões masculina e feminina, aconteceu a sorrateira “Panelinha de Americana – a Assembléia!”

Amados, ninguém estava sabendo?

Não sabia, ele sabia, você sabia?

Nada, nadinha, nem uma linha no site oficial da entidade. Nenhuma menção na solene “Abertura do Paulistão”, com autoridades entusiasmadas, discursos inflamados...

Amados, o último domingão de inverno em Americana parecia antever. Um vendaval na madrugada provocou uma chuvarada ao amanhecer: uma revolta de Caissa, diriam os religiosos de plantão.

Com a devida “participação” de meia dúzia de “gatos pingados” vistos por poucos no café-da-manhã do Hotel Nacional, sede do torneio, (onde se descobriu o "segredo") a “Assembléia FPX” foi realizada sob a representação dos Clubes filiados...

Num passado recente, as chamadas Jornadas de Junho, o povo foi às ruas pedindo eficiência e transparência!
 
Onde estão os enxadristas, os dirigentes dos Clubes (e como tem “Clube” filiado, sabiam? ) que não apareceram à “Assembléia de Americana”?

Amados, que os bons ventos provoquem uma “Jornada Caissana” e velhos fantasmas que assombram (agora escondidos, sorrateiros, sem a truculência e empáfia de outros tempos!) o  nosso xadrez desapareçam, para o bem do nosso sofrido esporte!

 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A CBX EM XEQUE

(Árbitro Fide Ari Francisco Maia Jr.)
Caros amigos:
Informo que não pertenço mais à Diretoria da Confederação Brasileira de Xadrez, por decisão unilateral do presidente da entidade, que não teve sequer a ombridade de escrever um email me comunicando o fato. Soube que estava fora da diretoria por meio de consulta individual ao website da entidade, no dia de hoje, ao constatar que meu nome não cumpunha o rol de dirigentes da entidade.

O fato não me causou estranheza e faz parte de uma série de pequenos divergências entre eu e o presidente da entidade, que relato a seguir. Não quero ser o dono de todas as verdades, apenas contar a minha versão.

1º fato: a questão das anuidades
Assim que assumiu a diretoria da CBX, o presidente onerou toda a comunidade enxadrística, por meio do aumento geral das taxas. O mais gritante foi a taxa de anuidade dos jogadores que não possuem rating FIDE, que passou de R$ 40,00 para R$ 80,00, ou seja, um aumento de R$ 100%.

2º fato: o repasse das anuidades às federações da "oposição":
Esse é um dos grandes absurdos do xadrez brasileiro. Se você é amigo do poder, recebe o repasse de 30% do valor das anuidades, se é inimigo não recebe nada. Paraná e Santa Catarina estão sem receber o dinheiro que lhes é devido simplesmente porque são oposição à atual diretoria. Essas federações estão entre as que mais pagam anuidade à entidade e sempre se arranja uma "solução técnica" para inviabilizar o pagamento. No nosso entender, o repasse tem que ser automático e não político como é hoje. Ademais, precisamos lembrar que até outro dia, o repasse das anuidades era de 50%.

3º fato: Má vontade em aceitar federações novas que venham a se transformar em oposição
Se as Federações estão atrasadas no pagamento de anuidades, elas são suspensas, o que é muito natural. Pela lei brasileira, só se pode cobrar, a princípio, os últimos cinco anos das anuidades. A conta então seria, por exemplo, R$ 300,00 x 5 = R$ 1.500,00 + juros. Estão cobrando verdadeiros absurdos das Federações inadimplentes. Há algumas que foram desmobilizadas há mais de 10 anos e a conta cobrada está na estratosfera. Federações na sua maioria composta por diretores de recursos limitados e com comunidade enxadrística que não tem culpa das dívidas. Minha proposta sempre foi a de anistiar as dívidas e de recompor a base de Federações do xadrez brasileiro. Isso geraria democracia, pois todas poderiam ter novamente o direito de votar nas Assembleias. A atual diretoria não quer isso, pois isso poderia significar uma mudança radical no quadro eleitoral do xadrez brasileiro.

4º fato: Xadrez EAD
A empresa Xadrez EAD (J. M. BATISTA - EDUCAR E ENSINAR - ME) CNPJ 17.661.763/0001-86 (fundada em 26/02/2013) foi fundada muito recentemente para ser uma consultoria de suporte à CBX. Não houve nenhuma discussão para saber se essa era a empresa mais adequada para ministrar cursos à distância para a CBX. Indagado por mim quem seriam os proprietários e a sede da entidade, o presidente recusou falar. Para saber essa informação, precisei contar com ajuda de terceiros. Hoje sabemos que é uma empresa montada em Santa Maria do Jetibá - ES, no endereço R HERMANN ROELKE 51, apartamento 201. Não consegui conferir se esse é um endereço residencial ou comercial. O que me preocupa é o porque o presidente tem que esconder isso do Vice Presidente de Relações Interiores da CBX, uma vez que essa decisão deveria passar pela diretoria. Se a empresa é legal e os seus sócios são conhecidos, bastava declinar os nomes. Ademais, como são escolhidos os tutores e como se dá a remuneração deles e da empresa? Perguntas nunca respondidas.

5º fato: Assembleia da CBX
Em 30 de abril de 2013, para desconhecimento da maioria dos representantes de Federações, aconteceu na modesta cidade de Castelo/ES uma Assembleia, cujo edital, sem papel timbrado, ( http://www.cbx.org.br/files/downloads/ago042013.pdf ) foi colocado na seção mais escondida possível do website da CBX. O objetivo, é claro, foi não permitir ampla oportunidade de participação na reunião. Questionado sobre porque não havia pelo menos me avisado, já que era o Vice Presidente de Relações Interiores e, uma vez sabendo da reunião, deveria enveredar esforços para a promover a participação de todas as federações regulares, o presidente simplesmente me disse que não me informou porque achava que eu não ia. Ora, a decisão de eu ir ou não ir é minha e os informes não podem estar condicionados aos meus trabalhos junto à FBX brasiliense, o aviso estava entre as minhas atribuição como Vice-Presidente. No meu entender, a Assembleia é um dos fatos mais importantes da gestão, muito mais do que qualquer evento de xadrez. A publicidade tem que se dar na parte frontal do website, para todos saberem. Em se tratando de Assembleia, já que não será realizada na sede da CBX, então que se realize em uma capital que tenha voos nacionais a partir de qualquer estado, como Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo, por exemplo. Temos que dar amplas condições para que todos venham à reunião. Colocar Edital no submundo do website é falsa democracia.

6º fato: Política de promoção e escala da arbitragem
Não sei se todos tem conhecimento, mas nesse país é difícil a atuação dos árbitros de xadrez, caso estejam na oposição. Há, por exemplo, um árbitro de xadrez no Estado do Rio de Janeiro, que já preencheu todas as normas para Árbitro Internacional e o nome dele não vai pra FIDE, simplesmente porque diz as verdades no terreiro do presidente. Outro, do mesmo estado, está arbitrando tudo que aparece, no Brasil e no exterior. Esse árbitro é brilhante, mas ele sabe que se tivesse na oposição, não teria nem a metade do currículo de arbitragem que tem hoje. Nas Olimpíadas, o critério é ser amigo ou não do presidente da CBX. Se for, é escalado, se não for, não é escalado. Essa coisa, que existe em vários esportes, o rodízio das oportunidades na escala da arbitragem é ignorado nesse país. É preciso mudar essa situação: a escolha dos árbitros no Brasil não pode ser um critério político. Arbitragem é algo importante para o nosso esporte e merece respeito. 

7º fato e principal: Cobrança de venda casada por parte da empresa Stiu Projects
A empresa Stiu Projects, de propriedade do presidente Darcy Lima, é o seu braço direito, quando ele quer ganhar dinheiro com o xadrez. Nada contra. Quero que todos que possam, ganhem bastante dinheiro praticando o nosso esporte. O problema é que isso tem que ser feita de forma legal. O Festival Panamericano de Xadrez da Juventude, orgulho, em princípio para todos os brasileiros, será realizado no mês de julho em Poços de Caldas/MG. Tudo certo, lindo e maravilhoso, até aí. O problema é que o organizador é a própria Stiu Projects, de propriedade do presidente Darcy, que escolheu ele mesmo o organizador do evento (o que é, no mínimo, falta de ética). Mas o  problema maior é que ele está vendendo de forma casada a inscrição e a hospedagem no torneio, fato que fere frontalmente o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor. Nos outros países isso é algo natural, mas aqui é absolutamente ilegal. Esse fato aconteceu no ano passado em Caldas Novas/GO, mas ninguém fez nada. Bastava que alguém tivesse entrado com denúncia junto ao Ministério Público ou Delegacia do Consumidor para que ele fosse notificado e, caso, desobedecesse à Justiça, poderia até ser preso. Mas, o destino nos deu uma nova oportunidade; se ficarmos calados, novamente, nada acontecerá e o presidente da entidade encherá os bolsos, utilizando recursos de ilegalidade, frente à legislação brasileira. Quero que o nosso presidente e os demais enxadristas fiquem ricos, mas de forma honesta. Praticar venda casada não dá, ainda mais partindo do nosso presidente, que deveria ser o primeiro a zelar pelas leis e regulamentos.

Por tudo isso, meus amigos, eu fui retirado da CBX. Saio de cabeça erguida, olhos abertos e coração transparente. Já é chegada a hora da verdade. Viva o xadrez!

Árbitro FIDE Francisco Ari Maia Júnior
 
(Texto extraído do "Blog da Associação" - Associação dos Enxadristas do Estado do Ceará, postagem de 12 de maio de 2013)

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