Deu na página on-line da Federação Paulista de Xadrez, de modo sucinto, como num lance "en-passant" quase envergonhado, a notícia (já retirada do ar) de que o denominado Festival do Interior (ou rio-pretense) não foi confirmado.
Tanto que o evento foi deletado da agenda federativa para este ano.
A esse respeito, não houve nenhum esclarecimento adicional, que seria até necessário em consideração aos afiliados que mereceriam ficar a par dos motivos pelo descumprimento do calendário.
Mas não é difícil decifrar o enigma: é que se fechou, ao menos por ora, a torneira dos convênios estaduais.
Sem o dim-dim público, de frouxa fiscalização, esse tipo de evento é letra morta na programação federativa, em que pesem as receitas advindas das gordas taxas de anuidade (a mais cara do país), dos registros de torneios e dos repasses cadastrais da CBX.
Ou os chamados "festivais" servem apenas para o recebimento de verbas oficiais, ao que tudo indica, compensatórias?
"Administrar não é usar recursos públicos ou trabalhar em causa própria...", sentenciou o magistrado Egas Moniz Barreto de Araujo em recente questão jurídica envolvendo entidade do Remo, mas aplicável a tantas quantas do meio desportivo nacional.
De qualquer maneira, pela agenda ora frustrada agradecem, penhoradamente, o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho...