quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Até parece que o xadrez de Itu não existe fora da federação.

Prova de pedestrianismo, futebol de areia e bocha animaram o último final de semana de Itu, estância turística de 150 mil habitantes e distante 100km de São Paulo. Fizeram parte das comemorações oficiais pela passagem do 398.o aniversário da cidade. O mais importante dos eventos, assim reconhecido pelos próprios realizadores municipais, foi o 16.o Open de Xadrez de Itu, que contou com a participação expressiva de 221 enxadristas e ofereceu a premiação também expressiva de $ 4.000,00 reais. Este mesmo torneio contou pontos para o Circuito 21 da Federação Paulista de Xadrez.
Esta notícia, normal, corriqueira, se restringiria ao parágrafo acima não fora o fato insólito: em comunicado na página on-line deste dia 21, a federação insurge-se contra a divulgação dos resultados do torneio ituano “em outras páginas sem autorização da FPX”. E propõe mudanças no regulamento do circuito para evitar futuras falhas como essa.
O sr. Bertagnoli Jr., secretário municipal de Esporte, a estas alturas deve estar bastante preocupado: ele não sabia que os direitos absolutos sobre o maior evento comemorativo do aniversário da cidade são de propriedade da FPX, a quem cabe, inclusive, determinar o que é verdadeiro ou não a respeito do festejo. Até parece que o xadrez ituano não existe fora da federação. Se escanteado para fora do circuito 21, por força da futura alteração regulamentar, o 399.o aniversário da cidade estará condenado ao ostracismo!
Aqui com meus botões: vejam que disparate! Autorização da FPX para divulgar resultados de torneios...será que Fidel, em 49 anos, pensou nisso?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Não vale o exemplo que vem da cidade de Ernesto Ramalho

Frases de uma zelosa mãe de um promissor enxadrista de 11 anos, após viajarem 400kg até Catanduva para as disputas estaduais de xadrez, e após conhecerem as instalações do hotel conveniado com os organizadores: "Um muquifo, nem o elevador funcionava. Preferi perder as diárias já pagas, e mudamos para outro hotel, mais barato e bem melhor. Outros pais fizeram a mesma coisa." Recomendei, se já não o fizeram, que enviassem mensagens críticas aos realizadores e apoiadores do evento. Vai que no próximo ano resolvam se candidatar a repetir a experiência...
Este anti-exemplo não faz jús à pujança de Catanduva, cidade com mais de 100 mil habitantes e sede, inclusive, de faculdade de medicina. E este anti-exemplo nem é "privilégio" catanduvense, dado que até em competições nacionais os menores (e os pais!) por vezes são vítimas do despreparo de pretensos incentivadores da prática prazeirosa do xadrez. Assim, infelizmene, não vale o exemplo que vem da cidade de Ernesto Ramalho.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Vale o exemplo que vem do Paraná

Etapas classificatórias realizadas em dia único e bem distribuídas por oito regiões do estado, o que proporciona bom leque de opções, além de comodidade de locomoção aos enxadristas e, em especial, ao pais ou responsáveis acompanhantes; cada etapa recepcionando todas as categorias pertinentes, o que brinda mais oportunidades individuais de buscar a fase final; módicas taxas federativas exigidas dos realizadores, daí a multiplicação de eventos; estas são impressões que ficam do tratamento dado pela Federação de Xadrez do Paraná aos seus campeonatos de menores. Pois é, então, que relembro o desabafo recente de uma abnegada mãe paulistana de um promissor enxadrista de 9 anos, inconformada por ter que viajar quase 400 quilômetros e ausentar-se por 3 dias de seus afazeres familiares para dar ao filho a única chance anual de disputar o título estadual mirim: “Para o menino pode até ser um lazer, mas para mim, que sou mãe atarefada, é pura punição!”

É aqui que a imaginação lhe traz o Grilo Falante, a consciência que bem aconselha: “Pegue seu pequeno gênio e vão morar em Maringá... ou em Piraí do Sul... ou em Curitiba... ou em Foz do Iguaçu...”, etc. etc.
Vale o exemplo que vem do Paraná.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Valem os exemplos de Minas.

Em março próximo a prefeitura de São Sebastião do Paraíso-MG patrocina e o Clube Paraisense realiza o Aberto de Xadrez com premiação de $ 4.000 reais. Até aqui esta seria uma notícia comum a abastecer qualquer espaço on-line dedicado ao xadrez, não fora o pormenor inusitado: esses quatro mil reais serão distribuídos por nada menos que 36 (!) colocações. Além disso, serão ofertados 59 (!!) troféus e medalhas aos participantes. Compare-se com o Aberto de Caxias do Sul, também em março, cujos polpudos $ 10.000,00 brindarão proporcionalmente parcos 14 lugares na posição final. Tal política democrática e salutar de desconcentração da aplicação desportiva do dinheiro público parece se irradiar pelas Minas Gerais: haja vista o Mineiro do Interior, nos próximos dias em Rezende, cujos $ 1.200 reais de patrocínio premiarão 13 colocações, além dos 21 troféus e medalhas a se distribuírem. Valem os exemplos mineiros.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O campeão não deve estar de regime.

Acontece neste próximo domingo, dia 10 de fevereiro, em Corumbá, a etapa inicial do Circuito Funec de Xadrez. O evento realiza-se com apoio e organização da Federação sul-matogrossense, do Clube Pantanal, da Prefeitura municipal e da Fundação de Esportes de Corumbá (Funec). O insólito da questão é que o prêmio destinado a cada um dos 3 primeiros colocados é um prosaico... rodízio de pizza. Ora, os esforços conjuntos de tantas entidades não permitiriam premiação mais condigna? Vamos que aconteça estar(em) o(s) ganhador(es) de regime?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O exemplo cearense

A Federação Cearense de Xadrez merece a faixa de campeã brasileira de realização de eventos. É a entidade federativa que nos últimos anos mais realizou etapas de circuito rápido, torneios abertos, estaduais, escolares. E quando o clube organizador isenta as mulheres da taxa de inscrição, o que acontece amiúde, a federação também o isenta da respectiva taxa de rating. Aliás lá , como também na Bahia, a taxa de rating custa R$1,00. Vale o exemplo.




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